Todos os meses, empreendedores de todos os lugares do Brasil lutam para cobrir as despesas. O preço para manter um negócio, no Brasil, é muitíssimo maior do que o valor obtido como lucro. Dentre as despesas operacionais, os impostos são os que têm o maior impacto.
Nesse contexto o Brasil penaliza as suas empresas com um Sistema Tributário confuso, poucos entendem, injusto e viciado. Esse complexo emaranhado de normas, regras e leis leva a maioria das empresas a não cumprir as suas obrigações em algum momento. A verdade é não haver vontade política para modificar essa situação efetivamente.
É importante notar que, ao longo da história, o empreendedor sempre arcou com as consequências pelos desmandos do governo, ineficiência do estado e demora do judiciário. A empresa, quando prejudicada, recorre à justiça e, às vezes, tem que esperar anos, até décadas, para ver sua demanda discutida. Ganha algumas vezes, mas perde outras tantas. A sobrevivência é mais importante que vencer ou perder, pois muitas morrem antes do resultado.
A pandemia do coronavírus tem revelado essa relação usurpadora do Estado em relação ao empresário. As empresas enfrentam um momento complicado, tendo enormes perdas financeiras. O Brasil vinha enfrentando uma crise há alguns anos, o coronavírus acelerou rumo ao fundo do poço.
Diversas companhias já apresentavam dívidas para com o sistema financeiro. Sem a receita e com os juros altos, a conta não fechou. Diversas companhias tiveram que cessar as suas atividades.
Precisamos ter uma estratégia de batalha, pois o outro lado é bastante familiarizado com a nossa contabilidade. Nunca devemos ceder à tentação de sonegar, pois isso é uma forma de banditismo e a história nos revela que em dado momento a casa cai. Não existe solução milagrosa. Existem muitos recursos na lei para enfrentar, de frente, esse sistema injusto. O consultor contábil é necessário para formular este plano.
Após examinar a situação financeira/tributária da empresa, o consultor entrega seu relatório para o outro profissional designado para executar as tarefas no campo do direito, o advogado tributarista, ele deve buscar, na justiça ou na esfera administrativa, todos os argumentos para diminuir o passivo tributário no âmbito Federal, Estadual, Municipal. Endividamento com o sistema financeiro, deve-se escolher outro caminho.
Os argumentos devem surgir junto às exigências. O melhor procedimento, neste caso, é o judicial, até para chegar a um acordo justo. Proteger o patrimônio da organização é crucial assim como manter sua reputação no meio em que atua.
Com minha experiência de três décadas, posso confirmar que a empesa que optar pelo caminho da consultoria contábil e seguir os caminhos propostos garantirá vanguarda em qualquer situação.
O foco do consultor não são os processos internos de gestão financeira e tributária da empresa. Ele deve atuar tanto para encontrar, no histórico, o que levou a instituição a inadimplência e apontar caminhos.
Essas soluções passam por dentro da empresa, mas é nas oportunidades jurídicas e nas oportunidades do estado que ela deve ter seu alicerce. Em todos esses anos de experiência na consultoria, nunca vi uma empresa que utilizou a engenharia tributária e financeira perder — todas elas ganharam muito mais do que o custo de implantação do procedimento.
As companhias de grande porte usam, em larga escala, planejamento tributário e financeiro, o que as mantém sempre à frente, lidando com as oscilações de humor do mercado.
As pequenas e médias empresas ainda estão no processo de compreender que o custo para se ter uma estratégia nessa área é muito menor que os benefícios que trará o seu conhecimento.
Ainda que esteja em boa situação financeira, a organização deve contratar uma consultoria, modernizar seus processos internos, reduzir a sua despesa com tributos e bancos para se manter competitiva.
Às vezes, somos capazes de diminuir os custos em 2% a 5%, o que é muito significativo numa concorrência tão intensa entre marcas e produtos. A estabilidade tributária/financeira de uma empresa está no departamento contábil.
FOnte – Portal Contábeis